Durante a pauta, o grupo discutiu sobre o ônus e o bônus da realização de uma feira literária em formato 100% virtual, como aconteceu no último ano, com 22 festas literárias, durante a pandemia de covid-19
Na tarde desta quinta-feira, 11, aconteceu na Câmara Municipal de Mucugê o 3º Encontro da Rede Colaborativa de Feiras e Festas Literárias. A reunião foi presidida pelo diretor geral da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, e contou com a presença de diversos representantes das festas literárias da Bahia.
O encontro teve o objetivo de fazer um balanço acerca das festas literárias que estão sendo propostas e o que será feito para definir qual é o papel do estado e qual o papel da sociedade civil nesses eventos.
Durante a pauta, o grupo discutiu sobre o ônus e o bônus da realização de uma feira literária em formato 100% virtual, como aconteceu no último ano, com 22 festas literárias, durante a pandemia de Covid-19. Os acadêmicos presentes reconheceram a importância de um evento presencial, como afirma Murillo Campos, representante do Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs). “Dez mil visualizações não se comparam ao olhar de uma criança de escola pública que ganha o primeiro livro”, destaca.
Outras figuras também comentaram sobre a diferença que um evento presencial faz, como afirma a professora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Rita Argollo, “Na minha cidade não tem livraria, então levar a feira literária para lá é levar a livraria para o espaço público”. Argollo representou a Feira Literária de Ilhéus (Fli) na reunião.
O representante da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, que também estava representando a curadora da Fligê 2022, Ester Figueiredo, e a Secretária de Cultura, Andrea Mendonça, ressaltou a importância fundamental da Rede Colaborativa para as Festas Literárias da Bahia. “A importância dessa reunião é para que a gente possa balizar e refletir sobre os rumos que as festas literárias possam vir a ter no estado da Bahia”
Por fim, Araújo concluiu a reunião com as metas para a realização das próximas feiras literárias. “É necessário que tenhamos organicidade para que essas feiras continuem estimulando a leitura e a escrita nas crianças, propiciem que os escritores baianos possam ter a sua produção divulgada no Estado e dialoguem com a diversidade literária existente na Bahia e no Brasil”, finaliza Zulu.
Texto Malu Lima. Fotos Vinícius Brito.