Encontro de Gestores da Educação promove discussão sobre a importância da Fligê para o ensino

O evento também contou com a presença de autoridades municipais, professores e apresentações de alunos

No segundo trimestre deste ano, o lucro líquido registrado da Moura Dubeux foi de R$ 30,9 milhões. Esse resultado é 17,8% maior do que o do mesmo período de 2021. O  resultado da companhia foi repercutido pelo InfoMoney, nesta quarta-feira (10).

Na mesa de discussões do encontro, foi possível contar com a presença da Prefeita da cidade de Mucugê, Ana Olímpia Hora Medrado, o Presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA), Paulo Gabriel, o Presidente do Conselho Municipal de Educação de Mucugê, Marcos Paraguassu, a Presidente do Conselho de Cultura, Luciana Muniz, o Conselheiro Estadual de Educação, Tiago Pereira e a Coordenadora da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, Gilvânia Nascimento.

A Prefeita da cidade destacou em seu discurso o papel importante que a Fligê tem para a educação da juventude mucugeense. “A Fligê é um evento que traz muito conhecimento e estimula os jovens a terem mais interesse pela leitura, pela cultura e pela educação. Estamos na quinta edição e já colhemos muitos frutos do começo de tudo. Foi possível ver isso nas apresentações da Flige+, onde contemplamos o crescimento dos nossos artistas”, ressaltou Ana Olímpia. 

Para o Presidente do CEE-BA, Paulo Gabriel, ver a relação que a Fligê tem de envolver os estudantes no processo de leitura e de discussão é muito significativo. “Cultura e educação são dois processos que caminham completamente juntos. A educação é o desdobramento da formalização do processo de formação cultural. Sem a cultura é impossível avançar na educação”, destacou Paulo.

Já para o Conselheiro Estadual de Educação, Tiago Pereira, “estar em Mucugê é beber do conhecimento ancestral, pois a cidade e a região comunicam e nos fazem pensar, refletir sobre uma outra perspectiva de sociedade. A sociedade do cuidado, do afeto, da oralidade que todo conhecimento ancestral nos permite”.

Além da mesa de discussão, o evento também trouxe apresentações de alguns alunos de instituições de ensino da cidade, entre elas, o Colégio Estadual Horácio de Matos do anexo Guiné, com o Grupo Ancestrais. Formado pelos alunos, o grupo levou ao público presente uma música de autoria própria que tinha como tema “Ancestralidade”. 

A professora do grupo, Joice dos Santos, ressalta que a proposta inicial era que os alunos criassem uma música que abordasse o tema da quinta edição da Fligê, apenas para um trabalho escolar. A discente explica que ao ver o desempenho dos alunos com o projeto, os incentivou a apresentar a canção no encontro com os gestores da educação. “Quando eles fizeram o trabalho, o foco era apenas sala de aula, mas devido a evolução que eles tiveram e a riqueza da letra da música, demos a oportunidade a eles de se apresentarem nesse encontro com os gestores de educação”, explicou a professora.

Joice, que é natural de São Paulo, salienta como a Fligê é essencial para os estudantes da região. “Em São Paulo os alunos têm muita oportunidade de estarem envolvidos com a literatura, lá tem a Bienal do Livro e aqui não víamos muito isso. Quando a Fligê veio para a cidade, foi uma oportunidade muito rica para os estudantes da Chapada Diamantina e região”, explica a discente. A educadora também destaca como a Feira traz autores diferenciados para os alunos conhecerem e a chance que eles têm de poder conversar e ver os autores de perto. “Os estudantes ficam admirados em poder conhecer de perto autores vivos, visto que nós trabalhamos na grande maioria com autores que infelizmente já faleceram. Então, ter esse contato é fundamental para eles”.

Após a apresentação do Grupo Ancestrais, houve uma performance musical da instituição de ensino “Escolas Reunidas Doutor Rodrigues Lima”. Em seguida, às 14h, foi realizado o encontro da Rede Colaborativa de Feiras e Festas Literárias.

 

Texto: Rebeca Spínola| Fotos: Vinícius Brito.


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