Apresentações artísticas e performances visuais de alunos das escolas e de grupos culturais do município homenagearam escritores
Nesta quarta-feira (10), a Feira Literária de Mucugê, na cidade de Mucugê, Chapada Diamantina, abriu suas atividades com a programação da Fligê +. Desde 2016 sendo realizada na cidade, este ano, a Fligê ganhou um dia a mais, com uma programação dedicada às juventudes.
A abertura presenteou os visitantes e moradores de toda a região com um grande Desfile Literário. Apresentações artísticas e performances visuais de alunos das escolas e de grupos culturais do município homenagearam autores como Jorge Amado, Cora Coralina e Daniel Munduruku.
Emoção e felicidade foram os sentimentos descritos por Kamila Soares, de 33 anos. Ela é professora na Escolas Reunidas Dr. Rodrigues Lima, onde leciona Artes e Ensino Religioso. Ela descreve com animação a sua primeira participação no desfile e destaca a importância da comunidade abraçar o evento: “A expectativa é de grande alegria e festividade. A cidade participando com a gente é bastante emocionante”. Kamila esteve presente na ala que homenageou a obra Gabriela Cravo e Canela, do autor Jorge Amado. “A gente vai participar puxando uma obra de Jorge Amado que é Gabriela Cravo e Canela, então, os personagens estão caracterizados como nos anos 20”.
A Escola Lapidar prestou homenagem à Cora Coralina em seus livros Os meninos Verdes; As cocadas; A menina, o Cofrinho e a Vovó e De Medos e Assombrações. A coordenadora pedagógica e professora de Português e Matemática da escola, Livyan Bicalho, afirmou que houve um planejamento curricular dos temas abordados em sala de aula com o intuito de envolver os estudantes nas histórias aos quais eles iriam representar. “A gente já vem trabalhando os autores gerais da Fligê fazem algumas semanas, e privilegiamos as biografias dos autores que são homenageados”.
Dentre as alas performáticas, Os mascarados de Loi buscou contar um enredo assustador. As fantasias tinham cores marcantes e foram feitas com papel machê, muitas produzidas pelos próprios performistas. Ravi Rocha tem 17 anos, é morador da cidade e produziu a própria máscara. Segundo ele, os membros têm liberdade e podem exercitá-la para o cortejo. “Cada um pode fazer a sua se quiser, porém algumas são do professor e ele empresta, as pessoas pegam e vestem”, conta Ravi. Porém, ele destaca que é importante, ao fabricar a fantasia, atentar-se para a sensação que ela provocará no público. “Vai da criatividade da pessoa, mas é melhor ser de terror, uma que dê medo”.
O desfile foi finalizado na Praça Coronel Propércio e deu espaço para a apresentação do grupo de capoeira Corda Bamba, na Praça dos Garimpeiros.
A Fligê começou hoje, no dia 10 de agosto, e vai até o domingo, dia 14 de agosto, com uma série de atrações. Confira a nossa programação.
Texto: Yasmin Luene | Fotos: Vinícius Brito