Saraus culturais marcam a Fligê

No Centro Cultural, na Casa ConVerso e na Praça dos Garimpeiros, diversos saraus combinaram muita música e poesia

Os saraus denotam a arte do encontro. Geralmente, as pessoas se reúnem para se expressar artisticamente das mais variadas formas. O que pode envolver poesia, dança, música, leitura de livros, pintura, teatro e outras expressões artísticas.

Este ano, a Fligê trouxe diversos saraus como encontros literários e artísticos, que abrilhantaram ainda mais a nossa festa. Dentre eles tivemos o sarau “Minha Aldeia” da Companhia Teatro Griô, um espetáculo que traz mitos e contos populares de tradições africanas, afro-brasileiras, indígenas e ibéricas, entremeadas de cantigas. O sarau ocorreu no Centro Cultural, na sexta-feira (12), e divertiu a plateia que participou com palmas e cantos.

A Companhia Teatro Griô tem 23 anos de estrada e desenvolve trabalhos inspirados na tradição oral e na arte de narrar histórias. Criada por Rafael Morais e Tânia Soares, o grupo apresentou na Casa ConVerso, no domingo (14), o “Sarau À Flor da Palavra”, com muitas histórias e músicas, o espetáculo traz contos de tradição oral, cantigas populares e canções autorais que são mescladas a cenas teatrais e poéticas.

Ainda na Casa ConVerso, no sábado (13), Sérgio Farias e elenco trouxe o sarau “Bons tempos aqueles! um sarau performático”, composto por membros da comunidade de Mucugê. O espetáculo conta a história e estórias da cidade a partir de contos e causos da comunidade, a valorização da história oral e a oralidade são marcas do espetáculo. As músicas remetem a nostalgia de um tempo bom e o sarau promove a participação do público. O espetáculo também traz trechos do livro “Mucugê por Mucugê”, de Rebeca Serra.

O formato do sarau também não ficou fora da Fligê +, o dia a mais da Fligê que aconteceu na quarta-feira (10). O Sarau Diamantina, com Marcos Paraguassu e estudantes das escolas públicas de Mucugê. O espetáculo busca desenvolver na comunidade de Mucugê o gosto pela leitura e música, principalmente entre os jovens.

Para fechar o último dia de Fligê ocorreu o “Sarau do Poeta” com Jackson Costa, na noite de domingo (14), um momento de muita declamação de poesia, música e beleza estética. O espetáculo resgata a musicalidade e ancestralidades de Dorival Caymmi, Jorge Amado, Gregório de Mattos e Castro Alves. Os ritmos e sons da Bahia são evocados junto com sua poesia. As canções e os versos trazem toda a magnitude da cultura nordestina.

Texto Larissa Caldeira. Fotos Vinicius Brito e Thiago Gama.


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