Percurso Literário coloca Fligê nas ruas com muita tradição e cultura

Moradores e turistas acompanharam, nas janelas ou calçadas, a primeira atividade da sétima edição da Feira Literária de Mucugê

Já é tempo de Fligê! Na tarde desta quarta, 24, o cortejo literário pelo centro histórico de Mucugê reuniu estudantes de todas as idades, dando início a mais uma edição da Feira Literária que, nos próximos cinco dias, vai mergulhar nas “Memórias e trilhas das letras diamantinas”. Projetos artísticos das escolas encheram as ruas da cidade com diversas manifestações culturais da região como reisados, mascarados, capoeiristas, o Terno das Almas – que desfila na Semana Santa -, quadrilhas e fanfarras.

“É o convite para que toda a população comece a se integrar na programação literária e na programação cultural da 7ª Fligê”, convoca a curadora da Fligê, Ester Figueiredo. O percurso literário que começou na Praça da Igreja Santa Isabel seguiu até a Praça dos Garimpeiros, onde encerrou com apresentações. “O desfile culmina com declamações de poesias, teatro, música, fanfarras e tudo que a cidade oferece pra gente”.

Além das escolas da sede do município, estudantes das comunidades da Vila Agrícola e da localidade do Distrito de Guiné também fizeram parte do desfile literário. De acordo com a Secretária Municipal de Cultura de Mucugê, Rosane Chagas, estavam presentes alunos de 2 anos de idade a adolescentes e jovens do Ensino Médio, participação que, segundo ela, engrandece e fortalece ainda mais o gosto pela leitura. “A cada Fligê, a gente sente que os nossos alunos se tornam mais leitores, mais ativos e conscientes do seu papel enquanto cidadão da nossa sociedade”, comentou.

Como primeira ação da Fligê, o Percurso Literário possibilita um encontro entre o novo e a tradição, agregando informação e despertando o interesse pelo conhecimento. Foi o que aconteceu com Ellen Diniz, estudante do terceiro ano da Escola Estadual Horácio de Matos. “Eu não sou daqui e quando me mudei para Mucugê, uma das primeiras coisas que eu vi foi o Cão de Loi e os bichos, eu achei tão legal, uma experiência tão incrível que procurei saber mais e esse ano eu finalmente consegui a roupa pra me vestir”, contou a jovem antes de se juntar aos mascarados para o desfile.

O cortejo integra o cronograma de apresentações da fanfarra da Escola Estadual Horácio de Matos, que já soma mais de 20 anos em atividade. Com uma diferença: na Fligê, a banda toca desfalcada, porque muitos dos componentes estão participando da Feira de diversas outras formas.

“Nós estamos com 54 componentes no total, porém hoje estamos reduzidos a 28, porque tem muitos que estão participando do evento”, explicou o regente Dorival Freitas. Motivo para se orgulhar. “São jovens que participaram das edições anteriores da Fligê que se agregam ao desfile, já como colaboradores e monitores, ajudando também na própria organização”, concluiu a curadora Ester Figueiredo.

Texto: Mariana Lacerda
Fotos: Thiago Gama

 


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