Cerimônia de abertura da 7ª Fligê celebra união de esforços na cultura

Feira Literária de Mucugê é resultado de forte parceria entre estado, município e Governo Federal   

Na noite da quinta-feira (25), a Solenidade de Abertura da sétima edição da Fligê celebrou toda a potência da literatura como transformadora de realidades. Em torno do tema deste ano, “Memórias e trilhas das letras diamantinas”, a cerimônia reuniu representantes das esferas municipal, estadual e federal que participam ativamente da construção da Feira Literária de Mucugê.

Além da curadora da Fligê, Ester Figueiredo, e do membro do Coletivo Barravento, propositor do evento, Arnaldo Pereira, o evento contou com a presença de autoridades como Jeferson Assumção, representando o Ministério da Cultura; Bruno Monteiro, Secretário de Cultura da Bahia; Manoel Calazans, representante da Secretaria da Educação do Estado; o deputado estadual José Raimundo Fontes, vice-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia; Vladimir Pinheiro, presidente da Fundação Pedro Calmon; Hermano Fabrício Guanais, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan-BA); e Rosane Chaves, secretária municipal de Educação e Esportes de Mucugê.

Salientando a importância da articulação municipal, estadual e de toda a sociedade com o Governo Federal, o diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura, Jeferson Assumção, enfatizou o impacto da mobilização em torno de uma Feira como a Fligê. “Isso faz com que se enraíze um evento, e um evento faz com que acenda não apenas algo individual, mas um processo”, comentou.

Para ele, cinco dimensões dialogam nesse cenário: o livro ocupando lugar de destaque no imaginário coletivo; a capacidade da leitura de ampliar territórios; a convivência com o universo literário desde a família; o acesso ao livro; e como isso deve refletir em preços que sejam viáveis. “Na verdade, na cultura não é a demanda que gera a oferta, mas é a oferta que gera a demanda. Por isso, cada vez mais, nós temos que fazer eventos lindos como esse”, definiu o representante da Ministra da Cultura, Margareth Menezes.

O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, lembrou o papel da Fligê de interiorizar a realização de eventos literários que até então se concentravam no eixo Salvador-Recôncavo. “O Governo do Estado tem a responsabilidade de apoiar esses eventos e tem muito orgulho de investir de forma crescente e consistente na política de feiras literárias que, neste ano, ganhou o nome Programa Bahia Literária”, contou.

Com edital aberto para o fomento desses eventos em todos os territórios de identidade do Estado, o secretário falou sobre a potencialidade dessas ações. “Entendemos a importância para a formação de novos públicos leitores, para o fortalecimento de toda a economia da leitura, mas, especialmente, para nos contagiarmos com todas as possibilidades que a literatura tem de tornar a nossa sociedade cada vez mais democrática, conhecedora da sua história e das suas identidades”, explicou.

A curadora da Fligê, Ester Figueiredo, reforçou que aportar nos territórios literários da Fligê durante esses cinco dias só é possível com o apoio do poder público. “Eu gostaria muito que este público, que hoje é acolhido pela Fligê, pense sobre a possibilidade que a gente tem de construir um Estado mais humano, afetivo e inclusivo, quando a gente efetiva o horizonte de educação estrutural com formação humana”, defendeu.

Texto: Mariana Lacerda e Joana D’ark

Fotos: Igor Chaves


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