Divulgação de livros, fortalecimento do mercado editorial e incentivo à leitura são propósitos que se efetivam na Feira
No dia 26 de julho, é celebrado o Dia dos Avós em tributo à Sant’Ana e São Joaquim, padroeiros dos avós e netos. A Fligê promoveu, na sexta (26), um encontro entre duas escritoras para homenagear as avós e avôs, cujas memórias entrelaçam o tecido afetivo das famílias.
Além da coincidência de temáticas, as autoras compartilham também o mesmo nome. Enquanto Nadja Nunes escreve para sua neta, Nadja Leite escreve para sua avó, que já partiu.
Ambas lançaram seus livros na Tenda Literária, espaço que agrega, além dos lançamentos, estandes de editoras, sessões de autógrafos e intervenções artísticas, além de estandes institucionais.
Leite explica que a escrita foi uma ferramenta que a auxiliou a atravessar o luto. “Escrevi cartas, em formato de crônicas, como se estivesse falando com a minha avó. Rememoro lembranças com ela desde a minha infância. A reconstrução dessa memória foi me ajudando com o processo de luto”.
Nunes, por sua vez, narra a história de uma avó que revisita o passado para transmitir suas memórias à neta. Ela destacou a Fligê como um espaço de valorização de obra e autor diante do público. “Esses momentos contribuem para que a obra do autor seja conhecida, para que o autor seja conhecido. São momentos de troca e interação com o público”.
Nadja Leite e Nadja Nunes são agenciadas pelo Studio Palma, que presta serviços de consultoria, assessoria e mentoria para escritores.
Luciana Ávila, outra escritora agenciada pelo Studio Palma, também ressaltou a Tenda Literária como um espaço que promove o encontro entre escritores e leitores. “É um espaço onde a gente traz essa perspectiva do acesso do leitor aos livros. A gente faz essa interação com quem passa pelos nossos estandes, temos esse momento de troca, de poder estar perto, estar olhando no olho do nosso leitor”, afirmou.
Escritora Regina Luz lançou o livro “Instantes Eternizados”
Além de participar com o lançamento do livro “Instantes Eternizados”, a escritora Regina Luz também realizou contação de histórias na Fligêzinha, participou de uma conversa literária com sua filha, Larissa Luz – que realiou uma apresentação musical no sábado (27) –, fortalecendo sua relação com o público adulto e infantil.
Ela celebrou o momento expressando alegria. “Quando pisei os pés aqui, senti uma alegria tão grande, eu fiquei soltando os fogos por dentro. Estou com expectativas maravilhosas de divulgação e, sobretudo, de levar a leitura de poesia aos jovens e aos adultos. Também desejo que as pessoas consumam mais poesia, leiam e se vejam na literatura de mulheres negras”, disse.
Joana D’Arck, jornalista e escritora, lançou o livro “Vida que segue”.
Joana D’Arck, jornalista e escritora, é participante assídua da Feira Literária de Mucugê desde 2016. Em 2024, está lançando o segundo livro na Feira. “Lancei aqui o meu primeiro livro e voltar aqui para lançar o segundo está sendo uma experiência maravilhosa, gostei muito. Temos aqui a oportunidade de conversar com o público e sentir a recepção da obra”.
Dessa forma, a Fligê cumpre com o seu propósito de fortalecer a cultura literária com democratização, tanto para os leitores com as obras, quanto para os escritores com o público. Além disso, a Feira se consolida como um importante evento para a divulgação de livros e fortalecimento do mercado editorial, promovendo o acesso à literatura e incentivando a leitura em todas as idades.
A 7ª edição Feira Literária Mucugê, realizada os dias 24 a 28 de julho, conta com o apoio do Governo Federal, do Governo do Estado da Bahia por meio da Secretaria Estadual da Educação e Superintendência de Fomento ao Turismo – Sufotur, com parceria da Secult/Fundação Pedro Calmon e coletivos culturais.
Texto: Érika Camargo
Fotos: Lua Ife e Igor Chaves
