FligêCine exibe mostra com o tema Literatura e Música

O espaço Fligêcine recebe uma mostra que integra a Fligê seguindo os ritmos do tema Literatura e Música

A  mostra FligêCine é um momento dentro da Fligê em que a brasilidade da dramaturgia é a proagonista, sempre com filmes que cativam o público deixando reflexões e ensinamentos. Na manhã de domingo (20), na sexta edição da Feira Literária de Mucugê, a programação contou com uma sessão especial dedicada ao reggae.

A apresentação de curtas antecede o filme, uma iniciativa do Instituto Federal da Bahia (IFBA), produzidos por estudantes com a orientação do professor de artes visuais Beníval Junior. As produções de pequena duração abordam temas diversos como romance, drama e comédia. Todos os curtas que foram exibidos na Fligêcine foram premiados.

O documentário inédito, Reggae Resistência, da Cecília Amado, foi transmitido para o público. O filme ainda não foi estreado nos cinemas, o lançamento está previsto para final do ano. O documentário é uma imersão nas raízes do reggae na Bahia. Com uma fotografia impecável, a trama faz uma linha do tempo com riqueza de detalhes no mapeamento do estilo musical Reggae baiano.

Durante o documentário, músicos renomados e com grande relevância no reggae nacional estiveram nas telas, artistas como Gilberto Gil, Lazzo Matumbi, Edson Gomes, Jeremias Gomes, Jorge de Angélica e Nelma Marks.

Para Lazzo Matumbi, que esteve à frente do show de sábado na Fligê, o reggae é como as ondas do vento, a pessoa sente a  musicalidade de forma suave. Gilberto Gil, cantor, compositor e escritor, descreveu o reggae como se fosse um mergulho nas águas da baía de Todos os Santos.

Para Maria Moraes, professora de educação física na Escola Lapidar, em Mucugê, a experiência de estar na sessão de filmes foi algo importante: “A exposição de filmes foi maravilhosa, os curtas estão com  uma edição e fotografia incríveis. O documentário Reggae e Resistência, me emocionou muito, o reggae é um estilo musical envolvente e dançante, me identifiquei com a obra.”

Fligêzinhacine: ancestralidade e inclusão são temas da sessão de filmes

As crianças estão imersas em todos os ambientes da Fligê. Pensando nisso, o espaço Fligêzinhacine foi criado para permitir às crianças uma experiência com a sétima arte.

No domingo 20/08, a partir das 13h, foi exibido uma sessão de filmes para as crianças. Andreia Almeida, formada em cinema e responsável pelo espaço da FligêCine, contou sobre a escolha dos filmes para as crianças.

“A possibilidade de exibição de filmes infantis dentro da FligêCine é uma das maiores aquisições para a Fligê. O cinema infantil é a porta de entrada para que a criança desenvolva a crítica frente aquilo que ela observa e acompanha.”

Os filmes que foram exibidos trouxeram diferentes temáticas, porém, com grandes importâncias, como o curta Meu Nome é Maloom. A trama conta sobre a pequena Maloom, que vive um dilema sobre seu nome. A obra aborda temas como ancestralidade, amor e resistência. Sobre Bicicletas é outro curta que conta a trajetória da amizade entre Thiago e Cecília e aborda a inclusão e a amizade.

Foi um momento importante para as crianças, onde elas tiveram um espaço preparado para aproveitarem as obras cinematográficas. Como afirma Andreia Almeida: “Os filmes possibilitam para a criança desenvolver a imaginação o gosto pela arte. Para a gente é um privilégio trazer filmes significativos, filmes que colaboram para que a criança observe o mundo através da ótica da arte de grandes cineastas que constroem a infância de uma forma muito mais doce e lúdica.”

???????? A Fligê – Literatura e Música, realizada entre os dias 16 a 20 de agosto em Mucugê, na Chapada Diamantina, Bahia, é patrocinada pelo Governo do Estado da Bahia, por meio de emendas parlamentares vinculadas, com parcerias institucionais, de coletivos culturais da região e com apoio do poder público local.

Texto: Raquel Soreira

Fotos: Gabriela Nascimento

 

 


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