Curadores, proponentes e representantes de festas, feiras e caravanas literárias de toda a Bahia se encontraram na manhã desta sexta-feira (15), no Plenário Antonio Milton Ramos Oliveira, da Câmara Municipal de Mucugê, para mais uma edição do Encontro da Rede Colaborativa de Feiras e Festas Literárias da Bahia.
Realizado durante a 8ª edição da Feira Literária de Mucugê, o encontro é uma oportunidade de debate e escuta sobre as políticas públicas envolvidas na promoção da cadeia do livro e da leitura no Estado. A mesa contou com a presença do diretor da Fundação Pedro Calmon (FPC), Sandro Magalhães, da Conselheira Estadual de Educação da Bahia, Poliana Policarpo, e do curador da Feira Literária de Canudos (Flican), Luiz Paulo Neiva.

Conselheira Estadual de Educação da Bahia Poliana Policarpo.
Durante o debate, Sandro Magalhães reafirmou a importância de espaços como o encontro da Rede por ser uma oportunidade para exercer a participação da sociedade, criar ambientes onde é possível ouvir e discutir questões importantes sobre o livro e a leitura e que, em um segundo momento, devem orientar a criação e consolidação de políticas públicas.
Para Magalhães, além do apoio às feiras literárias, que é importante e feito principalmente através do programa Bahia Literária, criado em 2024 pela Secretaria de Cultura da Bahia e executado pela Fundação Pedro Calmon, é necessária a consolidação de uma política para o livro e para a leitura na Bahia que integre os poderes executivos estadual e municipais.
Após o encerramento das falas dos componentes da mesa, curadores, proponentes e representantes de feiras literárias do estado se pronunciaram. Tacio Dê Boaventura Santos, curador do Festival Literário Sul da Bahia, uma feira itinerante, cuja próxima edição será realizada em Canavieiras foi um deles. Durante a sua fala, propôs a adoção de uma política de leitura que adote os livros de autores baianos nas escolas estaduais e municipais.

Curador da Feira Literária de Canudos (Flican), Luiz Paulo Neiva.
O curador da Flican reforçou a importância de ouvir a todos para avaliar processos e encontrar melhorias. “É importante estarmos aqui reunidos com esse coletivo das feiras literárias porque daqui a gente tira ensinamentos também para as próximas edições, e pode propugnar por uma melhoria dessas condições para que essas feiras se alastrem muito mais com qualidade para celebrar o livro, a literatura, formar novos autores, novos leitores.”, disse o curador da Flican.
“O grande resultado das feiras e festas literárias é uma celebração e mobilização sobre a leitura e o livro na Bahia. Mas existem repercussões, após as feiras, que podem nos ajudar muito na ampliação das políticas culturais”, afirmou o diretor da Fundação Pedro Calmon (FPC).
Como encaminhamento, a mesa propôs a realização de uma carta-proposta a ser enviada para autoridades e apoiadores institucionais com o resultado do debate e das questões discutidas durante o Encontro.
Texto: Paula Janay
Fotos: Lua Ife
Este projeto foi contemplado no Edital de Apoio às Festas, Feiras e Festivais Literários (n.º 01/2024), por meio do Programa Bahia Literária, com o apoio do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Educação e da Secretaria de Cultura, via Fundação Pedro Calmon. O edital é direcionado à modalidade de fomento à execução de ações culturais, conforme o Decreto Federal n.º 11.453/2023, a Política Estadual de Cultura (Lei n.º 12.365/2011), o Plano Estadual de Cultura (Lei n.º 13.193/2014), o Plano Estadual de Educação da Bahia (Lei n.º 13.559/2016) e a Lei Federal n.º 14.133/2021. O projeto conta ainda com o apoio cultural do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB), vinculado à Secretaria de Educação do Estado da Bahia, por meio da Rádio Educadora FM e da TVE Bahia.