Toda a poesia de Renato Braz

Anabela estava na ponta do palco quando Renato Braz começou a cantar e tocar na Praça dos Garimpeiros, na noite de sexta (16), segundo dia da Feira Literária de Mucugê. Ela tem 14 anos e saiu de Igatu com a mãe especialmente para assistirem ao show do cantor, autor da canção “Anabela”. 

“Eu descobri o Renato Braz pesquisando meu nome no YouTube e aí eu comecei a gostar das músicas. Hoje, é a primeira vez que assisto ao show dele. Fiquei sabendo que ele vinha pra Fligê e aí eu vim pra cá. Valeu a pena demais!”, disse, com sorriso no rosto.

A satisfação de Anabela tem uma explicação: o repertório apresentado pelo cantor, ao lado do amigo e violonista Mário Gil, foi uma verdadeira seleção de poesias da MPB. No palco, eram apenas os dois, mas apareceram, por meio das canções, nomes como Milton Nascimento, Chico Buarque, Gilberto Gil e Belchior.  

A partir de escolhas afetivas, Renato passeou por clássicos da nossa música, como “Cálice”, “Pajé”, “Fado tropical”, “Canto Guerreiro” e “Como nossos pais”, esta dedicada ao escritor Mailson Furtado, que ele conheceu na Fligê e que estava na plateia. “Eu amo poesia. Descobrir um poeta novo pra mim é uma coisa… é como descobrir um artista novo”, disse.

Renato, que andou pela cidade durante o dia e assistiu às mesas no Centro Cultural, agradeceu o convite a oportunidade de se apresentar durante a Feira. “É um presente na verdade. A Bahia do meu pai já me deu muita coisa e ainda me dá mais isso. Eu adorei estar aqui! Saber que existe no interior do Brasil uma feira como essa é como uma renovação. Só tenho a agradecer”.

Foi com simplicidade majestosa e cabelos ao vento que Renato Braz fez o público da Fligê cantar e sonhar os sonhos que também são seus.

Anabela com a mãe Marilídia e Renato Braz

Texto: Ailton Fernandes | Fotos: Thiago Gama e Ailton Fernandes


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