Oficina de Aquarela inicia público da Fligê nas artes

“Aqui você aprende a fazer um ‘bucado’ de coisa”. As palavras da pequena Ana Melissa Moraes, de 8 anos, externalizam o sentimento pedagógico que existe na arte: todos podem ser artistas!

E no terceiro dia de Fligê, o ateliê de Sílvio Jessé, artista plástico conquistense, ficou pequeno para a quantidade de pessoas que compareceram a oficina de aquarela. Com um público de diversas idades, Silvio explicou o processo de desenvolvimento da técnica e juntamente com duas monitoras, distribuiu material e ajudou os participantes a desenvolverem suas artes. 

Segundo ele, as duas oficinas ofertadas “foram maravilhosas”. Mas na de aquarela ele percebeu uma quantidade maior de crianças. O que chamou sua atenção foi a forma como cada uma delas lidavam com o processo criativo. “Os adultos estão aprendendo com as crianças. Elas pegam o papel, já têm em mente o que vão fazer e não se importam em ficar observando o desenho dos outros, já os adultos são mais acanhados”. A inocência da criança também ensina, elas que nunca deixam a alegria do momento ir embora, como Lorene Silva, de nove anos afirmou: “foi muito divertido!”

Se o coração é quem diz o que vai ser pintado ao movimentar o pincel molhado com água e tinha sobre o papel. Para Nara Flor, de 33 anos, da cidade de Irecê, “é desafiador! A novidade traz um pouquinho de insegurança, mas arte é arte! Você vai experimentando e vê até onde seu desenho vai, porque ele começa de um jeito e termina de outro”. Ela que nunca havia tido contato com a aquarela, achou a experiência diferente, mas incrível. 

Considerando a luta de Castro Alves contra a desigualdade e a favor da abolição da escravidão, o artista desenvolveu obras inspiradas pelo viés abolucionista do poeta.  “Castro Alves compõe qualquer arte”, afirmou. 

O grande número de pessoas envolvidas, transmite o objetivo da arte de melhorar as relações coletivas, fazer com que o ser humano evolua estando perto do outro. A arte, para Silvio, “é maravilhosa porque une todo mundo”. 

Texto: Raquel Lemos | Fotos: Karen Almeida


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