Imortal baiano, Castro Alves foi um poeta lírico e social. Entre os principais versos de Castro Alves está “O navio negreiro”, de 1868. A obra descreve imagens de violência contra africanos que foram obrigados a virem para uma nova terra, a bordos dos navios negreiros, onde a única lembrança que tinham de suas origens eram as suas memórias.
Quase um século depois, em 1959, o artista alemão Hansen Bahia inspirado pelo poema de Castro Alves, ilustrou toda a obra do poeta baiano. Essas ilustrações serão levadas para a Chapada Diamantina e expostas durante a Feira Literária de Mucugê, pela Fundação Hansen Bahia.
A exposição “Navio Negreiro” será aberta na sexta-feira (16 de agosto), às 9 horas da manhã, na Casa ConVerso, instalada na Casa do CRAS e ficará aberta à visitação durante toda a programação da Fligê.
“Esta exposição nasce a partir do encontro entre a obra de Hansen e o poema de Castro Alves, no intuito de promover o relacionamento entre letras e imagem entrelaçando a literatura com as artes visuais, a fim de proporcionar ao visitante a percepção de que o poema se completa de uma forma homogênea com as xilogravuras, permitindo uma reflexão e um diálogo entre a imagem e a letra”, afirma o curador da exposição, Jomar Lima.
A Fligê é uma realização em parceria do Instituto Incluso, Coletivo Lavra e Governo do Estado, com patrocínio do Governo Federal.