Fantasias, músicas, fanfarras, prosa e poesia coloriram Mucugê na tarde desta quinta-feira (15), quando o desfile literário tomou as ruas da cidade anunciando com muita alegria o início da 4ª edição da Feira Literária de Mucugê – Fligê.
Estudantes e professores do município percorreram o centro histórico encenando e festejando a obra libertária de Castro Alves, poeta baiano homenageado pela feira literária em 2019.
“Sê livre, és gigante!”, tema deste ano, é entoado por toda a cidade. Sua obra já está gravada na memória da comunidade e deixa como legado o seu espírito de luta passada e presente, contido em suas palavras.
“Esse ano a gente parabeniza os organizadores da Fligê, na pessoa de Ester Figueiredo, a curadora do evento, por ter trazido essa homenagem mais que merecida, porque a gente vê que o envolvimento das pessoas, especialmente dos jovens, tem sido de forma mais aprofundada. Se você perguntar para cada um desses alunos aí quem foi Castro Alves, a biografia completa de Castro Alves, os poemas de Castro Alves, eles sabem falar para vocês”, conta a diretora da Escola Lapidar, Virgínia Oliveira.
E é assim que a Fligê também vai deixando o seu legado a Mucugê, se consolidando no calendário cultura do Brasil e se solidificando como uma das mais importantes feiras literárias do Norte-Nordeste. “A Fligê mudou a história da nossa cidade”, diz orgulhoso o estudante da Escolas Unificadas Dr. Rodrigues Lima, Iago Teles, que participa pela quarta vez do desfile de abertura.
O vice-diretor da unidade escolar, Júlio César Rocha, também reconhece que a Fligê veio para valorizar não só a cultura nacional como também a local.
“Esse ano o homenageado, além de Castro Alves, é Seu Lói, Aloísio Paraguassu, que é natural de Mucugê e que contribui muito para a nossa cultura. Então, só temos a agradecer à Fligê. Isso aqui para a gente é maravilhoso”.
Texto: Débora Silveira | Fotos: Thiago Gama