A Feira Literária de Mucugê – Fligê abraça a arte literária como mote para singularidades e diálogos com outras artes. Busca-se potencializar a formação do leitor de todas as idades e valorizar o encontro do livro e da leitura com os diversos públicos, na experiência única traçada entre os fios da literatura e do conhecimento. A estrutura da Fligê acolhe a experiência da leitura em diálogo com escritores, vivências e personificações do texto em práticas sociais de leitura.
Concebida como um território da leitura, a Fligê assume a educação literária como direito à formação humana que coloca em discussão o acesso ao livro e a literatura à diferentes públicos.
Com propósitos de difundir, valorizar e preservar a obra literária, a Feira Literária de Mucugê tem proposto, ainda, a valorização de autores da nova geração e de diferentes linguagens que tem como matéria-prima a palavra.
Em 2016, na sua primeira edição, a Fligê aconteceu de 11 a 14 de agosto. A temática central foi Levaram o ouro e nos deixaram tudo… Deixaram-nos as palavras (Pablo Nerruda), como registro da memória e da escrita nas lavras diamantinas, sendo homenageado o escritor Afrânio Peixoto. Nascido em Lençóis (BA), em 1876, Peixoto se dedicou a narrar histórias da região da Chapada Diamantina.
Em 2017, a temática central foi Somos paisagens dos sertões em rotas de composições, quando o autor de “Os Sertões”, Euclides da Cunha, foi o homenageado, como parte das comemorações pelos 120 anos de Canudos.
No circuito literário, ao longo desses dois anos, a Fligê ganha novos públicos, atraindo a atenção, cada vez mais, de novos e velhos exploradores do bom livro.
Chegamos em 2018 com uma programação mais diversa e dedicada às mulheres, com o tema Literatura e Resistência – A vida nos rastros da palavra. A terceira edição da Fligê presta homenagem à Conceição Evaristo, como escritora e mulher na literatura brasileira, recuperando os primórdios de fundação da Academia Brasileira de Letras e denunciando o silenciamento da presença feminina nesse cenário.