Desde o seu primeiro momento até o seu último ato, a Feira Literária de Mucugê (Fligê) é permeada pela música. Na sua terceira edição, os espetáculos musicais serão celebrações da palavra cantada, com atrações para todos os públicos.
A própria abertura da Feira, no dia 16, como uma espécie de chamamento, acontece com uma manifestação cultural da própria cidade: o desfile da tradicional Filarmônica 23 de Dezembro e, em seguida, a apresentação do Coro Livre de Mucugê. À noite, após a solenidade de abertura, um concerto com o maestro João Omar de Carvalho Mello irá homenagear a escritora Conceição Evaristo, com leituras de trechos de sua obra e execução de uma peça musical inédita, composta para a escritora.
No segundo dia, a programação musical continua a partir das 18 horas, com o show Ana de Hollanda Canta e Conta a Bossa Nova. Acompanhada pelo violonista e arranjador Alexandre de la Peña, Ana cantará clássicos do período, assim como outras canções adaptadas para o estilo. Durante a apresentação, para contextualizar historicamente, ela relata acontecimentos curiosos, muitos desconhecidos pelo público.
A programação da sexta-feira, 17, termina com outro grande show. Dialogando com a temática da feira, o cantor Chico César levará para a Praça dos Garimpeiros o aclamado show “Estado de Poesia”. O paraibano, autor de Mama África e À Primeira Vista, viaja por diversos ritmos regionais, combinando elementos de frevo, xote, samba, forró, toada e reggae, em uma mistura solar e colorida. Amor e crítica social também estarão no palco através das suas canções.
No dia 18, a música começa logo cedo. Às 10 horas, a conquistense Yanna Gusmão, acompanhada por João Luís no violão, interpreta clássicos da MPB e canções de novos talentos, entre as duas partes da sessão Livro D’Falas e D’Versos, no Centro Cultural. À noite, uma voz militante será a responsável pelo show de encerramento do terceiro dia, a cantora Rita Benneditto.
Em “Benneditto Seja”, Rita passeia pelos sons de tambores e sambas de roda à perfeita introspecção do seu canto contido e emocionado, reafirmando suas infinitas influências, pulsações rítmicas e melódicas. Composições de Roberto e Erasmo, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso e João Nogueira fazem parte do repertório.
Em seu desfecho, o dia de domingo da Fligê será repleto de música, em diversos tons. Às 9 horas da manhã, o feirense Dann Silveira abre a programação do Centro Cultural com o show “Enquanto houver poesia”, um momento de interação com o público, onde o palco é livre e provoca um clima descontraído e alegre.
Para o público infantil, às 14 horas, dentro da programação da Fligezinha, a cantora Badi Assad apresenta “Cantos de Casa”, onde transforma diversos objetos em instrumentos musicais e convida as crianças para brincar. Um show diferenciado, que usa também a linguagem teatral, dentro de uma casa imaginária, cheia de música e brincadeiras.
Pela primeira vez numa feira literária, o cantor Chico Brown se apresentará às 16 horas na Fligê. O show traz um apanhado de versões e abordagens experimentais de clássicos renomados, peças instrumentais e canções autorais inéditas de Chico. Filho de Carlinhos Brown e neto de Chico Buarque, o músico não deixará de reverenciar suas influências familiares e artísticas ao longo do repertório.
Os últimos arranjos e acordes estarão sob a batuta do maestro João Omar, que retorna à programação da Fligê, dessa vez acompanhado da Orquestra Conquista Sinfônica, para apresentar o concerto Sinfonia Popular. Como forma de aproximar mais o público do universo sinfônico, o repertório idealizado faz uma travessia de Elomar (Arrumação) a Ira! (Flores em Você), passando por Luiz Gonzaga, Roberto Carlos e Heitor Villa-Lobos.
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A Fligê tem co-realização do Instituto Conquistense de Inclusão Social e Estado da Bahia, e conta com o patrocínio do Governo Federal.