Literatura e culinária: um casamento de dar água na boca

A terceira Feira Literária de Mugucê trouxe uma novidade: a transformação da Casa da Filarmônica em uma cozinha improvisada, onde os chefs Carlos Uanini e Jeff Somaio presentearam o público com um banquete de encher os olhos, a barriga e bate-papo animado sobre alimentos naturais. Para o chef Carlos, “literatura e culinária se casam porque as duas são comunicação. Enquanto a literatura usa a palavra, a culinária usa a comida”.

Os chefs apresentaram o projeto Bistrô da onça, que há oito anos trabalha com a recuperação ambiental e produção de alimentos utilizando técnicas orgânicas e sustentáveis. “Recuperação ambiental porque está localizado em uma terra que antes era destruída, degradada. Hoje se vê claramente que é uma terra verde, forte, que produz alimentos variados e dar o suporte para o restaurante”, explica Jeff.

Jeff Somaio nos conta que o bistrô surgiu da necessidade dele e do chef Carlos Uanini de ter uma mudança de vida.  “O Bistrô da onça é mais que uma proposta de trabalho, comércio, é uma filosofia de vida: que é viver em um se alimentando de forma  natural”, completa.

O público, além de conhecer sobre o Bistrô da onça, teve a oportunidade de degustar uma salada composta de variadas de folhas, tais como: alface, rúcula, mostarda, tudo sem tempero. A salada era comida a mão, para que as pessoas possam identificar esse elo da comida natural. Para acompanhar foi servido um homus de grão de bico e uma tortinha de banana com geleia de laranja. Para beber, um vinho experimental produzido na Chapada Diamantina.

O chef Jeff nos explica que a salada é o carro-chefe no restaurante Bistrô da onça: “a salada possibilita que os clientes tenham uma visão mais abrangente do nosso trabalho, que é recuperar a comida natural, já que esse hábito foi perdido”, explica.

Ludmilla Lis, do Rio de Janeiro, nos conta que gosta de verduras, que gosta de tudo que é verde e que amou essa novidade de poder está degustando. “Nós vivemos na cidade, estamos acostumados com tudo industrializados e a ter cada vez menos contatos com a comida orgânica. Então, poder provar verduras que a gente sente na textura que não tem nenhum tipo de agrotóxicos, recheados dela própria. Isso é muito diferente! Eu amei, amei tudo”, exclama.

Texto: Jhou Cardoso | Fotos: Vinícius Brito


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