A terceira Feira Literária de Mucugê, além de discutir sobre o tema Literatura e Resistência: a vida nos rastros das palavras, tem feito com que movimente não só a economia local, mas também  das cidades circunvizinhas. Como o turismo que movimenta a economia da cidade, a Fligê tem trazido turistas que contribuem para movimentar ainda mais a economia.

Segundo informações do Secretário Municipal de Turismo, Euvaldo Ribeiro Júnior, a Fligê tem uma importância muito grande para o turismo regional, como uma alavanca que tem criado oportunidades de negócios, de empregos e distribuídos rendas. Além de divulgar bastante a região como um todo. “A Fligê movimenta cerca de R$ 10 milhões ao longo do ano. Porque quem vem para feira divulga e acaba vindo em outros períodos. Gera um efeito em cadeia e a economia fica aquecida durante o ano todo, refletida por causa desse período”, acrescenta o secretário.

Juth Medrado Matos é proprietário de uma pousada na cidade. Ele comenta que a Fligê é de suma importância em termos comercias e tem contribuído bastante para o aquecimento da economia local. “Temos aqui em Mucugê em torno de mil leitos e estão todos ocupados, fora as casas  que estão alugadas para a temporada e que nós não temos a estimativa correta. Movimenta os restaurantes, os guias, porque as pessoas vem e acabam conhecendo as belezas naturais da cidade”.

O reflexo é perceptível também nos bares, restaurantes e pizzarias da cidade, que ficam lotados à noite. “Quem mora na cidade acaba conseguindo uma renda extra e gasta mais no comércio. Mas a maior parte do aumento do movimento é de turistas mesmo. O movimento aumenta e o faturamento cresce mais de 70%”, afirma José Oliveira Luz, proprietário de um restaurante na praça principal.

O turista Allan Barros, biólogo, de Recife, conta que vem à Chapada Diamantina há mais de 10 anos e que é perceptível o crescimento da região nestes três últimos anos de Fligê. “Todo esse contexto e mobilização serve para alavancar essa região. A gente percebe a cidade oxigenada! Pessoas que vêm de fora contribuem com o conhecimento e para movimentar ainda mais a região”, diz.

Para a professora Amália Guimarães, a Chapada Diamantina, geograficamente falando, tem um clima agradável e isso faz com que os turistas venham pra a região para apreciar a Feira. “É uma atmosfera muito boa! Você vê que as pessoas estão alegres. A cidade está bem movimentada, você percebe isso pelas placas de carros de outros municípios, de outras cidades”.

Texto: Jhou Cardoso | Foto: Mateus Pereira (GOV-BA)