Seus textos mesclam crítica e suavidade com uma linguagem atual, ousada e motivadora. A escritora Cristiane Sobral coloca em destaque os afetos, a subjetividade, a cultura e a intelectualidade da mulher negra. Em sua obra, ela busca ser inspiração para as mulheres se conhecerem (ou se reconhecerem), se aceitarem e se posicionarem diante do preconceito e do racismo. Já publicou cinco livros, entre eles “Não vou mais lavar os pratos” (2016).
Na Fligê:
Dia 17, às 18h – Leitura Performada
Local: Igreja Santa Isabel
Dia 18, às 17h – Rota da Palavra “Não vou mais lavar os pratos”
Local: Centro Cultural
Sessão de Autógrafos: Terra Negra (Ed. Malê, 2017)
Cristiane Sobral nos desnuda com uma poesia cheia de personalidade, cores, aromas, enredos, densos enredos e escreve como tribo. Conhecedora. Caminha sem solidão porque traz as hordas dos povos em diáspora inebriados e entrelaçados em sua narrativa ética, estética e caudalosa. Curiosa sua arte, lindo o seu tear, minha querida Cristiane! A voz de uma mulher negra é a voz que se nega ao silenciamento, a voz que se impõe à porta da Casa Grande e entra. Arrebenta a tranca e ainda tem que provar, a cada balcão, o que é, quem é, e porque o é. Cansa até. Como a poesia é feita do impacto entre a poeta ou o poeta e sua experiência de viver, está presente todo o tempo, nas escuridões de Terra Negra, a luta existencial de todas nós.